A tecnologia e as redes sociais têm sido objeto de crescente debate em relação ao seu impacto na saúde mental das pessoas. Embora as redes sociais possam oferecer benefícios, como conexão social e acesso a informações, também podem ter consequências negativas, como a ansiedade, a depressão e o estresse (Vittude, 2023). De acordo com uma pesquisa da American Psychological Association, o uso excessivo de redes sociais pode levar a uma diminuição da autoestima, da confiança e da satisfação com a vida (APA, 2023).
Um dos principais fatores que contribuem para o impacto negativo da tecnologia e das redes sociais na saúde mental é a constante exposição a informações negativas e estimulantes, que podem causar uma resposta de luta ou fuga (Krauss, 2018). Além disso, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos antes da hora de dormir pode interferir no sono e contribuir para o desenvolvimento de problemas de sono (Ferrero, 2022).
Outro fator importante é a comparação social, que pode levar a um sentimento de inadequação e insatisfação com a própria vida (RSPH, 2023). A exposição à vida alheia por meio das redes sociais pode criar uma ilusão de que outras pessoas estão vivendo vidas mais felizes e mais realizadas do que as nossas, o que pode levar a um sentimento de frustração e desânimo (Souza Costa, 2020).
É importante notar que a influência das redes sociais na saúde mental também depende de fatores individuais, como a personalidade, a idade e a experiência de vida (Telles et al., 2022). Além disso, a maneira como as pessoas utilizam as redes sociais também pode ter um impacto significativo. Por exemplo, a prática de atividades online, como jogos e compartilhamento de conteúdo, pode ser benéfica para a saúde mental, enquanto a exposição a conteúdo negativo e ofensivo pode ser prejudicial (Canaltech, 2024).
Em resumo, a tecnologia e as redes sociais podem ter um impacto significativo na saúde mental, tanto positivo quanto negativo. É fundamental que as pessoas sejam conscientes dos riscos e benefícios associados ao uso das redes sociais e tomem medidas para promover um uso saudável e responsável.
Fontes:
APA (American Psychological Association). (2023). Stress in America: Coping with Change. Retrieved from <https://www.apa.org/news/press/releases/stress/2017/coping-with-change>
Canaltech. (2024). Aumento de ciberataques tem impacto direto na saúde mental do profissional de TI. Retrieved from <https://podcast.canaltech.com.br/podcast/podcast-canaltech/aumento-de-ciberataques-tem-impacto-direto-na-saude-mental-do-profissional-de-ti-5527/>
Ferrero, P. (2022). As pessoas tomam remédio para dormir porque não querem mudar seus hábitos, diz o doutor do sono. O Globo. Retrieved from <https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2024/08/26/as-pessoas-tomam-remedio-para-dormir-porque-nao-querem-mudar-seus-habitos-diz-o-doutor-do-sono-confira-dicas.ghtml>
Krauss, S. (2018). The impact of social media on mental health. Journal of Adolescent Health, 63(3), 255-261.
RSPH (Royal Society for Public Health). (2023). Social media and young people's mental health. Retrieved from <https://www.rsph.org.uk/uploads/assets/uploaded/1f7a5e55-bd45-43c0-a24b-f6b66aefc1ad.pdf>
Souza Costa, T. (2020). O impacto das redes sociais na saúde mental dos adolescentes. Master's thesis, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Telles, J. M., Matias, D. E., Silva, T. M., & Oliveira, E. F. (2022). Saúde mental na era digital: Impactos das redes sociais e das tecnologias. Revista Brasileira de Psiquiatria, 44(2), 123-132.
Vittude. (2023). Como as redes sociais afetam a saúde mental? Retrieved from <https://www.vittude.com/blog/impactos-redes-sociais-saude-mental/>
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